domingo, 11 de dezembro de 2011

Altos e baixos




Idealizamos a vida: a pintamos de cor de rosa e, só para garantir, também usamos óculos cor de rosa para termos certeza de que ela será perfeita.  Temos o trabalho perfeito, a família exemplar, a casa dos sonhos, o carro do ano... Mas sabemos que não é bem assim que as coisas funcionam. E para lidar melhor com essa realidade precisamos aceitar que a vida tem altos e baixos.
Na vida fazemos escolhas e pagamos um preço por elas, mas na hora de escolher esquecemos que tudo tem um ônus e um bônus. Quando as coisas não estão do jeito que gostaríamos nos lamentamos e sofremos, e nos esquecemos que isso é resultado de uma decisão anterior.
Isso me faz lembrar o poeta que diz:
Árvore milagrosa, que sonhamos
Essa felicidade que supomos,
Toda arreada de dourados pomos,

Existe, sim : mas nós não a alcançamos
Porque está sempre apenas onde a pomos
E nunca a pomos onde nós estamos. (Vicente de Carvalho)
Não é um absurdo idealizarmos a vida e nunca colocarmos a felicidade onde estamos? Por que nos sabotamos?       
Porque achamos que a vida é longa, sem fim, que sempre teremos uma nova chance, uma outra oportunidade. Somos como crianças sem responsabilidade e inconseqüentes, e quando choramos sempre achamos um culpado que não sejamos nós.                                                                     
Porém o amanhã é algo incerto, que não podemos saber se virá ou não. O guru indiano Osho falava que “de repente pode ser que não haja futuro algum, amanhã algum e que este é o único momento. Arrisque tudo, pois o momento seguinte não é uma certeza. Então, simplesmente viva. (Faça o seu coração vibrar, p.15)”

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